Comedoria de Mercado - 2009

Simplicidade com Qualidade e Sabor é o slogan do evento que conquistou pela barriga os recifenses e os turistas que vem à cidade. O Circuito Comedoria de Mercado inicia a sua terceira edição na próxima sexta-feira (8) e vai até o próximo dia 31 nos mercados da Madalena, Boa Vista, Encruzilhada e Cordeiro.

Participam do evento mais de 55 bares que prometem agradar o público com uma comida caseira bem feita e com tempero genuinamente pernambucano. Além de boa comida, o público pode contar com a boa música que faz parte do cardápio do circuito.

Aos sábados, sempre a partir das 13h, os visitantes poderão apreciar atrações culturais como forró, chorinho, roda de samba e exposições fotográficas, além da presença de artistas locais como Joao do Morro e Edy Carlos, Nação Forrozeira; e dos Amigos dos Mercados, grupo que promove encontros culturais e gastronômicos sempre regados à bebida, comida e muito bom humor.

“Será mais uma edição de sucesso dessa ação que tem a cara do Recife. Os mercados tem se consolidado como uma ótima opção pra quem busca gastronomia local de qualidade, diversão e a alegria da nossa gente. Um programa para jovens, adultos e as famílias, que a Prefeitura do Recife sempre apóia e incentiva”, afirma Samuel Oliveira, Secretário Municipal de Turismo.

O Circuito Comedoria de Mercado entrou para o roteiro da programação turística da cidade ainda na sua primeira edição. O evento é organizado pela Agência Lampejo, sob a coordenação de Artur Brito e Bira Tavares. Os sócios esperam que o fluxo de visitantes suba 40% em relação ao registrado no ano passado.


Trecho extraído do site da Folha Online, referente ao livro “Anatomia da Reportagem” escrito pelo repórter especial da Folha de S.Paulo Frederico Vasconcelos, pela editora Publifolha.

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A reportagem investigativa não é uma atividade individual, uma iniciativa isolada. Da sugestão da pauta à edição da reportagem há o envolvimento de profissionais de diferentes áreas da empresa jornalística, além da redação. Eles dão o suporte administrativo para pesquisas e material de apoio, além do necessário aconselhamento jurídico.

Uma reportagem bem sucedida requer rigor e disciplina do repórter na obtenção e no trato da informação. Por ser um trabalho de equipe, falhas em procedimentos simples podem significar transtornos que atingem outros profissionais. Para ajudar a evitá-las, faço alguns comentários e listo algumas recomendações úteis:

1. Antes de iniciar uma investigação, esteja certo de que a publicação para a qual trabalha tem interesse no tema e disposição para enfrentar resistências e coibir pressões. Esse cuidado aparentemente óbvio evita frustrações, desentendimentos posteriores com chefias e constrangimentos que poderão ser evitados.

2. É importante que haja compreensão dos riscos envolvidos e que seja assegurada a retaguarda jurídica para garantir ao repórter o exercício tranqüilo de seu trabalho.

3. As reportagens devem ser realizadas com todos os cuidados para se evitar contestações, seja por meio de cartas, de desmentidos oficiais ou em ações de indenização e processos criminais.

4. Processos contra jornalistas podem ser usados para abortar o tratamento de casos rumorosos pela imprensa ou para tentar desqualificar o profissional.

5. Ações de reparação movidas contra empresas jornalísticas têm um custo muito elevado, mesmo antes de eventual indenização. Na prática, esses processos obrigam o jornalista a fazer uma segunda apuração, reportagem que não será publicada. Se os cuidados preliminares não foram tomados, haverá o desconforto da busca de provas que deveriam ter sido obtidas antes da publicação, ou de solicitações incômodas para que revelações e afirmações obtidas off the records, em confiança, sejam repetidas formalmente perante um juiz.

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Por Bruno Costa

Numa tribo indígena a filha do Tuxaua deu à luz a uma menina branca como leite. O Chefe quis matar a filha, mas um moço branco lhe apareceu em sonho e lhe disse que a mãe da criança não era culpada.

A criança logo depois que nasceu começou a andar e falar. Mas não viveu muito tempo. Antes de completar um ano, morreu sem ter adoecido. O Tuxaua mandou enterrá-la na própria aldeia, e a mãe todos os dias lhe regava a sepultura, sobre a qual nascera uma planta que deu flores e frutos. Os pássaros que os comiam ficavam embriagados.

Certa vez a terra abriu-se ao pé da planta e apareceram as raízes. Os índios as colheram e viram que eram brancas como o corpo de Mani, e deram o nome de “Maníoca” (casa de Mani) ou corpo de Mani. E à planta deram o nome de “maniva” (Mandioca).

Lendas como esta, são histórias narradas no seio da sociedade indígena para doutrinar seus membros. A mitologia indígena está povoada de seres encantados e sobrenaturais que habitam as matas, os rios, igarapés, igapós, e protegem os animais. São lendas fantásticas cheias de mistério sobrenatural, ligadas à feitiçaria e à magia. Talvez ainda não nos tenhamos dado conta, mas a nossa cultura, tida como “lusa” – ou originalmente européia – está povoada dessas lendas e mistérios sobrenaturais.

A expressividade cultural desses povos tem suas crenças e raízes ancestrais refletidas em sua arte que, por sua vez, se confunde à vida cotidiana através dos objetos utilitários, da cerâmica, dos trabalhos em madeira, da pintura, da cestaria, da arte plumária, da pintura ritual dos corpos e adornos.

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Trecho extraído de: Assessoria de Imprensa – como fazer. De Rivaldo Chinem, pela Summus Editorial.

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Os “trabalhadores da notícia” têm o nível de glicose mais abaixo do padrão mínimo exigido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Sofrem de pressão alta, hipertensão. Morrem precocemente.

Nos anos 1990 havia uma movimentação em torno do fim da aposentadoria especial para várias categorias de profissionais, entre os quais os jornalistas, o que acabou acontecendo mais tarde. Consagrada pela Lei 3.529 de 1959, a aposentadoria especial fazia justiça aos jornalistas, que trabalham na maioria da vezes sob condições adversas e são vítimas freqüentes de males como estresse, hipertensão, distúrbios cardiovasculares, úlceras, neuroses, doenças do pulmão e problemas cerebrais. A Federação Nacional dos Jornalistas apresentou à época uma emenda ao projeto que tentava impedir o fim da aposentadoria especial fundamentada em oito estudos médicos que apontavam resultados preocupantes.

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Segue um trecho que retirei do livro Manual de Telejornalismo, de Heródoto Barbeiro e Paulo Rodolfo de Lima, segunda edição revisada e atualizada, pela Editora Campus:

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A emoção faz com que o jornalismo esportivo no veículo eletrônico esteja sempre numa linha tênue entre a pieguice e a razão. Costuma-se dizer que não há boa cobertura esportiva sem emoção, mas o jornalista não pode se deixar levar por ela. O exagero é um passo para a desinformação. Transmissões de jogos de seleções brasileiras em copas do mundo e olimpíadas, por exemplo, ensejam surtos de nacionalismo. O atleta vira “nosso jogador” e o tom adquire um ufanismo demodé que lembra o nacionalismo facista. A intervenção do narrador ou repórter deve ser discreta, sem que haja a manipulação da emoção dos telespectadores com adjetivos e advérbios falsos e insconsistentes, com o objetivo de estimular a audiência e a sustentação dos patrocinadores das transmissões. A rapidez dos acontecimentos no esporte exige do jornalista a improvisação constante, mas as informações não podem ser recheadas de metáforas, erroneamente confundidas com estilo.




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